quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ostra feliz não faz pérola.

Se algum dia pareci feliz não tenha dúvida. Era mentira. Não digo que não estava feliz, mas não sou feliz e nem quero ser. Comecei o ano com votos de mudança, de felicidade, fazendo promessas de não me preocupar com o futuro. Entretanto, mais uma vez vou desmentir o que já escrevi e me preocuparei apenas com uma coisa: o futuro. Você não deve estar entendendo o porquê disso. Calma. Vamos começar do começo.

Não tenho a menor preocupação com o mundo (acho que por isso escolhi ser publicitário, quero mesmo que as pessoas se fodam). Contudo, digo agora. Tenho uma preocupação com o futuro: 'quero ser lembrado'. Cheguei a essa maldita conclusão meio a uma bendita entrevista do ilustre Ruben Alves. As palavras foram: ostra feliz não faz pérola. Deixe-me dar uma de professor e explicar a frase. Quando um grão de areia entra numa ostra acontece uma espécie reação alérgica. O grão de areia fere a ostra. Para se proteger, 'ela faz' um tumor. Esse tumor é a pérola. Ou seja, ele quis dizer que quem não sofre nunca contribuirá com as artes. Chegou a dizer que quem é feliz não deveria nem mesmo tentar contribuir e sim apenas gozar da sua felicidade. Na minha opnião todo artista deveria ser ateu, pobre e um apaixonado não correspondido. Por isso disse que não quero ser feliz.

Sempre soube que quem sofre é que produz boa arte (nunca esqueço dos bêbados, mesmo quando não sofrem são artistas). Não ouvi nada novo, mas já tendo escutado outras partes da entrevista senti uma vontade inexplicável de ser lembrado. Mais ainda, de ser lembrado por 'minha arte'. Veja que paradoxal: um publicitário querer ser lembrado por sua arte. Se tivesse a virtude de ser publicitário e artista poderia deixar de ser um semi-deus e me elevar ao status de deus.

Refletindo sobre isso, cheguei a uma conclusão animadora (pelo menos pra mim): eu posso ser artista. Comecei a poder no dia que comecei a escrever experiências [gosto de chamar de ensaios]. Tenho consciência que apenas brinco com as letras. Não sou artista (portanto ainda não sou deus) porque a arte deve ter preocupações estéticas. O artista deve ter a preocupação não só estética, mas também com o prazer da leitura e como disse, não me preocupo com as pessoas. Não me preocupo com você.

4 comentários:

Wânyffer Monteiro disse...

O artista é 1 dpfrdor por natureza. Ele interioriza seus sofrimentos e os transforma em beleza d etextos, atuações, danças sem fim. Isso não quer dizer que não haja felicidade. Ao tranformar a tristeza em arte não se faz mais do que transformar a dor em algo de que se deleitar, vangloriar, amar e se sentir bem e feliz.
Oi, sou Wânyffer. Estou em 3 musicais nos quias atuo, canto e danço. Escrevo todos os dias e ainda sou artista dos palcos da vida. Tem dúvida do quanto sofro e, por consequência, do quanto sou feliz?
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Wânyffer Monteiro disse...

cheio d erros d digitação.. dá pra entender ¬¬

Anônimo disse...

como minha amiga vam disse, o artista é sofredor pro natureza, e se não fosse assim que graça teria ver a felicidade?
acredito que um artista(seja ele de qual área for)se inspira mais ao ter os sentimentos à flor da pele! é preciso conchecer a escuridão para dar valor a luz!

^^ bju pra vc

Anônimo disse...

olá! sou poly!! muito prazer rsr